Muitas pessoas com quem converso têm manifestado total desânimo em relação a qualquer coisa sobre política e a atuação estatal.
Mas também notei que muitas delas estão presas em dilemas do tipo "É melhor o Estado regulamentando as empresas do que jogando a favor delas." ou "Políticos deveriam estar criando leis pela saúde e educação em vez de discutirem [insira o assunto do momento aqui]".
Considerando que a regulamentação estatal é uma piada e que a educação e a saúde públicas também vão mal, não é de se admirar que as pessoas estejam desanimadas: a discussão se limita a "O Estado deveria estar nos atrapalhando nisso ou naquilo?"!
No filme Matrix (se você não assistiu ainda, pule para o próximo
parágrafo — e trate de assistir!) o personagem principal descobre que as
máquinas nos aprisionaram (toda a raça humana) e nos mantém presos, sem
nem nos darmos conta disso, no mundo que elas criaram para nós. Na
política, o brasileiro médio parece estar na mesma situação.
Se investigarmos o pensamento político padrão do brasileiro, aquele que a maioria das pessoas manifesta mesmo que nunca tenha parado pra formar uma opinião política, ele provavelmente seria resumido assim: no âmbito coletivo ele quer um estado que controle a economia, que resolva a pobreza, e que fiscalize o que cada pessoa faz com sua vida, proibindo as pessoas de usarem drogas, de se casarem com pessoas do mesmo sexo, etc. Mas ao mesmo tempo, há uma pontinha libertária: no âmbito individual, a maioria quer ser deixado em paz. Enfim, o cidadão médio quer que o Estado fiscalize o cu de todo mundo enquanto só o dele é deixado em paz.
Se investigarmos o pensamento político padrão do brasileiro, aquele que a maioria das pessoas manifesta mesmo que nunca tenha parado pra formar uma opinião política, ele provavelmente seria resumido assim: no âmbito coletivo ele quer um estado que controle a economia, que resolva a pobreza, e que fiscalize o que cada pessoa faz com sua vida, proibindo as pessoas de usarem drogas, de se casarem com pessoas do mesmo sexo, etc. Mas ao mesmo tempo, há uma pontinha libertária: no âmbito individual, a maioria quer ser deixado em paz. Enfim, o cidadão médio quer que o Estado fiscalize o cu de todo mundo enquanto só o dele é deixado em paz.
Mas e se eu te disser que estas não são as únicas opções?
É aí que entra esse blog. Meu objetivo aqui é te dar a oportunidade de pelo menos conhecer o outro lado, explicando as coisas de forma clara, objetiva e acessível.
Mas por que se dar o trabalho de entender aquela confusão de monte de partidos e políticos e roubalheira que é a política? Porque você entendendo ou não, será governado e afetado por quem entende — o bandido que é solto mais cedo por causa do coitadismo penal vai assaltar você, o dinheiro para impostos altos vai ser tomado do seu salário... — então é melhor saber o que está acontecendo. É porque eu sou bonzinho e me importo com o seu bem-estar e formação intelectual? Claro que não. É porque isso afeta a vida de todos nós, incluíndo a minha. E na verdade a coisa é muito mais simples do que parece: já te adianto, por exemplo, que todos os partidos atualmente no Brasil são de esquerda, ou no máximo de centro. Ao longo dos posts você vai entender o porquê, o que são esquerda e direita, afinal de contas, e aprender a identificar truques usados nos debates políticos.
Você pode começar visitando o Índice. Recomendo, de início, os posts da seção "Prática", eles são mais divertidos porque você efetivamente assiste a um debate e vê uma opinião em relação a algo concreto, palpável. Na medida em que for surgindo curiosidade pra saber de onde os argumentos aplicados ali saíram, você pode ir lendo os posts da seção de "Teoria". Se tiver dúvidas, elogios ou críticas, use os comentários.
Ah, e você pode ver as respostas para a questão da regulamentação aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário