sábado, 17 de agosto de 2013
Guerreiro alienígena tenta escravizar humanidade e descobre que chegou atrasado!
Algumas ideias interessantes, expostas de uma forma muito didática.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
A maneira como pensamos em caridade está totalmente errada.
Ativista e Captador de Recursos, Dan Pallotta chama a atenção para os princípios contraditórios que baseiam nossa relação com as instituições de caridade. Muitas oraganizações filantrópicas, ele diz, são beneficiadas por gastarem tão pouco — não pelo que fazem. Em vez de igualar frugalidade com a moralidade, ele nos pede para que comecemos a compensar as insituições pelos seus objetivos grandes e grandes conquistas (mesmo que isso venha com grandes gastos). Nessa palestra corajosa, ele diz: Vamos mudar a maneira que pensamos em mudar o mundo.
Ou ainda: como a lógica de mercado pode ajudar a caridade.
Ou ainda: como a lógica de mercado pode ajudar a caridade.
Transcrição integral do vídeo:
Eu quero falar sobre inovação social e empreendedorismo social.
Eu por acaso tenho tri gêmeos. Eles são pequenos, têm 5 anos. Às vezes eu digo às pessoas que tenho tri gêmeos.
Elas dizem”, “Sério? Quantos?” Esta é uma foto deles. Essa é a Sage, e a Annalisa e Rider.
Agora, eu por acaso também sou gay. Ser gay e criar tri gêmeos são até agora a coisa mais inovadora socialmente, e empreendedora socialmente que eu já fiz. (Risos) (Aplausos)
A real inovação social da qual quero falar envolve caridade. Quero falar sobre como as coisas que nos ensinaram a pensar sobre doações e caridade e sobre as organizações sem fins lucrativos estão,na verdade, minando as causas que amamos e nosso profundo anseio de mudar o mundo. Mas antes que eu faça isso, eu quero perguntar se a gente acredita mesmo que o setor das organizações sem fins lucrativos tem algum papel na mudança do mundo. Muitas pessoas dizem que os negócios vão levantar as economias em desenvolvimento. e os negócios sociais vão tomar conta do resto. E eu acredito que os negócios vão mover adiante a grande massa de humanidade .
Mas isso sempre deixa pra trás aqueles 10% ou mais que tem menos vantagens ou menos sorte. E o negócio social precisa de mercados,e há algumas questões para as quais você não pode desenvolver o tipo de medidas de dinheiro que você precisa para um mercado. Eu faço parte da direção de um centro para portadores de deficiência mental, e essas pessoas querem risos e compaixão e querem amar. Como você monetiza isso? É aí que o setor de instituições sem fins lucrativos e a filantropia entram. Filantropia é o mercado para a amor.
É o mercado para todas aquelas pessoas para quem não há mercado. Então, se realmente quisermos, como Buckminster Fuller disse, um mundo que funciona para todos, sem ninguém deixado de fora, aí o setor sem fins lucrativos tem que ser uma parte séria da conversa. Mas não parece estar funcionando.
Por que nossas instituições de caridade de câncer de mama não estão perto de descobrir a cura, ou nossas instituições para os moradores de rua não estão perto de acabar com essa situação em qualquer grande cidade? Por que a pobreza permanceu em 12% da população americana por 40 anos? E a resposta é, esses problemas sociais são enormes em escala, nossas organizações são pequenas contra eles, e nós temos um sistema de crença que as mantém pequenas. Nós temos dois livros de regras.
Nós temos um para o setor sem fins lucrativos e um para o resto da economia mundial. É um apartheid, e que discrimina o setor sem fins lucrativos em cindo áreas diferentes, a primeira sendo remuneração. Então, neste setor, quanto mais valor você produzir, mais dinheiro você pode fazer. Mas nós não gostamos que essas entidades usem dinheiro para incentivar as pessoas a produzirem mais no serviço social. Nós reagimos de forma radical à ideia de que alguém esteja fazendo muito dinheiro ajudado as outras pessoas. Interessante que não reagimos dessa forma à ideia de que pessoas ganhariam muito dinheiro sem ajudar ninguém.
Sabem, você quer fazer 50 milhões de dólares vendendo jogos de video games violentos para crianças, vá em frente. Nós te colocaremos na capa da Revista Wired. Mas se você quer ganhar meio milhão de dólares tentando curar crianças com malária, e você é considerado um parasita. E nós pensamos nisso como nosso sistema de ética. mas o que nós não percebemos é que esse sistema tem um poderoso efeito colateral, que é, dá uma dura opção, mutualmente exclusiva entre fazer bem a você próprio e sua família ou fazer bem ao mundo para as mentes mais brilhantes saindo de nossas universidades, e manda dezenas de milhares de pessoas que podiam fazer uma enorme diferença no setor sem fins lucrativos marcharem todos os dias direto para o setor COM fins lucrativos porque elas não estão dispostas a fazer esse tipo de sacrifício econômico para os resto da vida Businessweek fez uma pesquisa, olhou para os pacotes de remuneração para os formados com MBA, 10 anos de formação em business, e o salário médio para um MBA de Stanford, com bônus, aos 38 anos, era 400.000 dólares. Enquanto isso, para o mesmo ano, o salário médio do CEO de uma instituição de caridade médica de $5 milhões de dólares nos EUA era de 232.000 dólares, e o de uma instituição contra a fome, 84.000 dólares.
Agora, não tem jeito de você fazer um monte de gente com um talento de 400.000 dólares, fazer um sacrifício de 316.000 dólares todo ano, para se tornarem o CEO de uma instituição de caridade contra a fome. Algumas pessoas dizem, “Bem, mas é porque esses tipinhos com MBA são muito gananciosos.” Não necessariamente. Eles podem ser espertos. É mais barato para esta pessoa doar cem mil dólares todo ano para essa instituição, economizando 50 mil dólares de imposto, assim ela ainda sairia ganhando 270 mil dólares a mais por ano nesse jogo, e ser chamada de filantropo porque doaram 100 mil dólares para caridade, provavelmente estar no conselho de administração dessa instituição, até mesmo, provavelmente até supervisionar o pobre SOB que decidiu se tornar o CEO da instituição, e ter uma vida inteira com esse tipo de poder e influência e popularidade ainda pela frente. A segunda área de discriminação é propaganda e marketing. Dizemos para o mercado privado com fins lucrativos, “gaste, gaste, gaste em propaganda até o último dólar não produzir mais um centavo de valor.” Mas nós não gostamos de ver nossas doações para fins beneficentes sendo gastas em propaganda Nossa atitude é, “Bem, olhe, se você conseguir uma doação para propagandas, sabe, às quatro da manhã, tudo bem para mim. Mas eu não quero minhas doações sendo gastas em publicidade. Eu quero que vá para os necessitados.” Como se o dinheiro investido na publicidade não pudesse trazer de volta somas muito grandes de dinheiro para servir aos necessitados.
Nos anos 90, minha companhia criou as longas viagens de bicicleta AIDSRide e as caminhadas do câncer de mama, de 60 milhas em três dias, e ao longo de nove anos, nós tivemos 182.000 heróis comuns participando, e eles arrecadaram um total de 581 milhões de dólares. Eles arrecadaram dinheiro mais rápido para essas causas que qualquer evento na história, tudo baseado na ideia de que pessoas estão cansadas de que lhes peçam que façam o mínimo que podem fazer. As pessoas estão ansiosas por medir a distancia toda de seu potencial em nome das causas com as quais se importam profundamente. Mas elas precisam ser convidadas.
Nós conseguimos este tanto de pessoas participantes comprando comercias de uma página inteira no New York Times, no Boston Globe, em comerciais de radio e TV. Sabem quantas pessoas teríamos conseguido se tivéssemos colocado cartazes nas lavanderias? Doações permaneceram paradas, nos EUA, nos 2% do rendimento interno bruto, desde que isso começou a ser medido, nos anos 70. Esse é um fato importante, porque nos diz que em 40 anos, o setor sem fins lucrativos não foi capaz de lutar contra nenhuma participação afastado do setor privado que visa lucro. E se você pensar nisso, como poderia um setor tirar a participação no mercado de outro setor se não é exatamente permitido no mercado? E se nós contarmos às marcas de consumo, ”Você pode anunciar todos os benefícios do seu produto,” mas nós dissermos às instituições, “Você não pode anunciar todo o bem que você faz,” para onde acha que o dinheiro do consumidor vai? A terceira área de discriminação é a tomada de risco em buscar novas ideias que geram rendimento. A Disney pode fazer um filme de 200 milhões de dólares que fracassa, e ninguém vai chamar o procurador geral. Mas se você faz uma captação de recursos comunitária de 1 milhão para os pobres, e não produz um lucro de 75% para a causa nos primeiros 12 meses, e seu caráter já é questionado.
Então as instituições são bem relutantes em tentar qualquer angariação de fundo inovadora, ousada, grande por medo de que se a coisa falhar, sua reputação será arrastada para a lama. Bem, nós sabemos que quando você proíbe a falha, você mata a inovação. Se você mata a inovação na captação de recurso, você não pode arrecadar mais recurso. Se você não pode arrecadar recurso, você não pode crescer. E se você não pode crescer, você não pode resolver grandes problemas sociais. A quarta área é tempo. A Amazon ficou seis anos sem devolver qualquer lucro para os investidores, e as pessoas tiveram paciência. Elas sabiam que havia um objetivo a longo prazo de construir domínio de mercado. Mas se uma organização beneficente tivesse um sonho de construir uma escala magnífica que fosse requerer 6 anos, nenhum dinheiro iria para os necessitados, seria todo investido em construir essa escala, esperaríamos uma crucificação. E a última área é o próprio lucro. As empresas privadas podem dar lucro as pessoas para atrair seu capital para suas novas ideias, mas você não pode ter lucros numa organização sem fins lucrativos, de modo que o setor de fins lucrativos tem um bloqueio nos mercados multi-trilhionários e o setor não lucrativo está faminto por crescimento e risco e capital ideal. Bem, você coloca essas cinco coisas juntas– você não pode usar dinheiro para atrair talento do setor com fins lucrativos, você não pode fazer propagandas como o setor privado faz para ter novos clientes, você não pode assumir os riscos na busca desses clientes que o setor privado assume, você não tem o mesmo tempo para achá-los como o setor privado,e você não tem um mercado de ações para financiar tudo isso, mesmo que você conseguisse, e você acaba de colocar o setor sem fins lucrativos em desvantagem para o setor privado em todos os níveis.
Se temos alguma dúvida sobre os efeitos desse livro de regras, essa estatística é preocupante: De 1970 até 2009, o número de organizações filantrópicas que realmente cresceram, que ultrapassaram a barreira de recurso de $50 milhões ao ano, é 144. Ao mesmo tempo, o número de empresas privadas que ultrapassaram isso é 46,136. Então, estamos lidando com problemas sociais que são enormes em escala, e nossas organizações não conseguem gerar uma escala. Tudo dessa escala vai para a Coca-Cola e para o Burger King. Então, por que pensamos dessa forma? Bem, como a maioria dos dogmas fanáticos na América, essas ideias vêm de velhas crenças Puritanas. Os Puritanos vieram por razões religiosas, pelo menos é o que dizem, mas eles também vieram porque queriam fazer muito dinheiro. Eles eram pessoas piedosas, mas também eram capitalistas bem agressivos, e foram acusados de formas extremas de tendências para ter lucro comparados a outros colonizadores. Mas ao mesmo tempo, os Puritanos eram Calvinistas, então eles foram ensinados a literalmente odiarem a si mesmos.
Foram ensinados que interesse próprio era como um mar furioso, que era um caminho certo para a condenação eterna. Bem, isso criou um problema grande para essas pessoas, certo? Aqui estão eles, que vieram para o outro lado do Atlântico para ganhar todo esse dinheiro. Ganhar esse dinheiro vai te fazer ir direto para o Inferno. O que eles poderiam fazer quanto a isso? Bem, caridade foi a resposta. Tornou-se um santuário econômico onde eles poderiam fazer penitência pelas suas tendências lucrativas a cinco centavos o dólar. Então, claro, como ganhar dinheiro na caridade se caridade era a penitência por ganhar dinheiro? Incentivo financeiro foi exilado do reino da ajuda ao próximo para que pudesse prosperar na área de obter dinheiro por si só, e em 400 anos, nada interveio para dizer, “Isso é contraproducente e isso é injusto.” Agora essa ideologia fica policiada por uma questão muito perigosa, que é, “Que porcentagem de minha doação vai para a causa versus despesas gerais?” Há muitos problemas com essa questão. Eu vou focar em apenas dois. Primeiro, isso nos faz pensar que as despesas gerais são uma coisa negativa, que não é, de alguma forma, parte da causa. Mas absolutamente é, especialmente se estiver sendo usado para crescimento.Agora, essa ideia de pensar nas despesas gerais como inimigas da causa cria o segundo, e muito maior, problema, que é o fato de forçar as organizações a continuarem sem as coisas gerais que realmente precisam para crescer, pelo interesse em manter as despesas baixas. Todos nós fomos ensinados que a filantropia deveria gastar o menos possível em despesas gerais, como captação de dinheiro sob a teoria que, bem, quanto menos dinheiro gastar para a captação de recursos, mais dinheiro estará disponível para a causa. Bem, isso é verdade se for um mundo deprimente no qual essa torta não pode ser feita maior. Mas, se for num mundo lógico no qual investir numa captação de recursos na verdade levanta mais fundos e faz a torta maior, aí nós estamos fazendo as coisas o contrário, e nós devemos investir mais dinheiro, não menos, nessa captação, porque isso é a única coisa que tem o potencial de multiplicar a quantidade de dinheiro disponível para a causa com a qual nos preocupamos profundamente. Vou dar exemplos. Nós lançamos a AIDSRides com um investimento inicial de 50.000 dólares no capital de risco. Em 9 anos, nós tínhamos multiplicado isso em 1.982 vezes em 108 milhões de dólares, depois de todas as despesas para serviços da AIDSRides Lançamos os três dias para o câncer de mama com um investimento inicial de 350.000 dólares em capital de risco. Em apenas 5 anos, nós tínhamos multiplicado isso 554 vezes em 194 milhões de dólares depois das despesas para as pesquisas em câncer de mama.
Agora, se você fosse um filantropo realmente interessado em câncer de mama, o que faria mais sentido: ir e achar o pesquisador mais inovador do mundo e dar a ele 350.000 dólares para pesquisa, ou dar ao departamento de captação de recursos estes 350.000 dólares para multiplicar isso em 194 milhões de dólares para a pesquisa em câncer de mama? 2002 foi nosso ano mais bem sucedido. Rendemos para o câncer de mama, só ele naquele ano, 71 milhões de dólares líquidos. E aí saimos do mercado, repentinamente e com traumas. Por quê? Bem, para encurtar, a história é que nosso patrocinador se separou da gente. Eles quiseram se distanciar de nós porque estávamos sendo crucificados pela mídia por investir 40% da renda bruta em contratações e serviço ao cliente e a magia da experiência e não há uma palavra mais aceitável para descrever esse tipo de investimento no crescimento e no futuro, senão esse rótulo demoníaco de despesas gerais. Então um dia, todos os nossos maravilhosos 350 empregados perderam seus empregos porque foram classificados como despesas gerais. Nosso patrocinador tentaram os eventos por conta própria. As despesas subiram. O lucro líquido para a pesquisa do câncer de mama caiu em 84%, ou 60 milhões de dólares ao ano. Isso é o que acontece quando confundimos moralidade com frugalidade.
Nós todos fomos ensinados que arrecadar recursos de forma amadora com 5% sobrecarga é moralmente superior a uma captação de recursos profissional com 40% sobrecarga mas estamos perdendo a informação mais importante, que é, qual é o tamanho verdadeiro disso? Quem se importa se o dinheiro conseguido vendendo tortas só é de 5%? E se só tivesse rendido 71 dólares para a causa de caridade porque não foi feito um investimento em sua escala e a captação profissional de recursos rendeu 71 milhões de dólares porque foi feito um investimento? Agora, que torta você prefere, e que torta você acha que os necessitados famintos iam preferir? Assim é que tudo isso impacta o mais global. Eu disse que doações eram 2% do PIB nos EUA. Isso é mais ou menos 300 bilhões de dólares por ano. Mas somente 20% disso, or 60 milhões, vai para as causas da saúde e direitos humanos. O resto vai para religião e educação superior e hospitais e esses 60 milhões não são nem de perto o suficiente para derrubar esses problemas. Mas se pudéssemos movimentar doações dos 2% do PIB para só um passo, para 3% do PIB, investindo nesse crescimento, isso significariam extra 150 milhões ao ano em contribuições, e se esse dinheiro pudesse ir desproporcionalmente para instituições de caridade de saúde e serviços humanos, porque são estes que encorajamos para investir em seu crescimento, isso representaria a triplicação das contribuições para o setor. Agora,estamos falando de escala. Agora estamos falando do potencial para verdadeira mudança. Mas nunca acontecerá forçando essas organizações a baixarem seus horizontes com o objetivo desmoralizante de manter a suas despesas baixas.
Nossa geração não quer ler um epitáfio ”Nós mantivemos o custo administrativo da caridade baixo” (Risos) (Aplausos) Nós queremos ler que mudamos o mundo, e que parte de como fizemos isso foi mudando a maneira como pensamos sobre essas coisas. Então, a próxima vez que estiver olhando para uma instituição de caridade, não pergunte sobre a variação dos custos administrativos. Pergunte sobre a escala de seus sonhos, uma escala de sonhos do nível Apple, Google, Amazon, como eles medem seu progresso em direção àqueles sonhos, e quais recursos eles precisam para fazer isso se tornar realidade não importa qual o tamanho do custo administrativo.
Quem se importa qual foram os custos se os problemas estiverem realmente sendo solucionados? Se nós pudermos ter esse tipo de generosidade, a do pensamento, o setor sem fins lucrativos pode desempenhar um papel gigante na mudança do mundo para todos os cidadãos em sua maior parte precisando desesperadamente de uma mudança. E se essa pode ser o legado de nossa geração, que nós nos responsabilizamos pelo pensamento que tinha sido entregue a nós, que nós o revisitamos, o revisamos, e reinventamos toda a maneira como a humanidade pensa em mudar as coisas, para sempre, para todo mundo, bem, eu achei melhor deixar as crianças resumir como isso seria.
Annalisa Smith-Pallotta: Isso seria – Sage Smith Palotta: — uma verdadeira – Rider Smith-Pallotta: — inovação social.
Dan Pallotta: Muito Obrigado. Obrigado. (Aplausos) Obrigado. (Aplausos)
sábado, 10 de agosto de 2013
A mentalidade da esquerda e seus estragos sobre os mais pobres
(por Thomas Sowell)
Quando adolescentes criminosos e assassinos são rotulados de "jovens problemáticos" por pessoas que se identificam como sendo de esquerda, isso nos diz mais sobre a mentalidade da própria esquerda do que sobre esses criminosos violentos propriamente ditos.
Raramente há alguma evidência de que os criminosos sejam meramente 'problemáticos', e frequentemente abundam evidências de que eles na realidade estão apenas se divertindo enormemente ao cometer seus atos criminosos sobre terceiros.
Por que então essa desculpa já arraigada? Por que rotular adolescentes criminosos de "jovens problemáticos" e supor que maníacos homicidas são meros "doentes"?
Pelo menos desde o século XVIII a esquerda vem se esforçando para não lidar com o simples fato de que a maldade existe — que algumas pessoas simplesmente optam por fazer coisas que elas sabem de antemão serem erradas. Todo o tipo de desculpa, desde pobreza até adolescência infeliz, é utilizada pela esquerda para explicar, justificar e isentar a maldade.
Todas as pessoas que saíram da pobreza ou que tiveram uma infância infeliz, ou ambas, e que se tornaram seres humanos decentes e produtivos, sem jamais praticarem atos violentos, são ignoradas pela esquerda, que também ignora o fato de que a maldade independe da renda e das origens, uma vez que ela também é cometida por gente criada na riqueza e no privilégio, como reis, conquistadores e escravocratas.
Logo, por que a existência do mal sempre foi um conceito tão difícil para ser aceito por muitos da esquerda? O objetivo básico da esquerda sempre foi o de mudar as condições externas da humanidade. Mas e se o problema for interno? E se o verdadeiro problema for a perversidade dos seres humanos?
Rousseau negou esta hipótese no século XVIII e a esquerda a vem negando desde então. Por quê? Autopreservação. Afinal, se as coisas que a esquerda quer controlar — instituições e políticas governamentais — não são os fatores definidores dos problemas do mundo, então qual função restaria à esquerda?
E se fatores como a família, a cultura e as tradições exercerem mais influência positiva do que as novas e iluminadas "soluções" governamentais que a esquerda está constantemente inventando? E se a busca pelas "raízes da criminalidade" não for nem minimamente tão eficaz quanto retirar criminosos de circulação? As estatísticas ao redor do mundo mostram que as taxas de homicídio estavam em declínio durante as décadas em que vigoravam as velhas e tradicionais práticas tão desdenhadas pela intelligentsia esquerdista. Já quando as novas e brilhantes ideias da esquerda ganharam influência, no final da década de 1960, a criminalidade e violência urbana dispararam.
O que houve quando ideias antiquadas sobre sexo foram substituídas, ainda na década de 1960, pelas novas e brilhantes ideias da esquerda, as quais foram introduzidas nas escolas sob a alcunha de "educação sexual" e que supostamente deveriam reduzir a gravidez na adolescência e as doenças sexualmente transmissíveis? Tanto a gravidez na adolescência quanto as doenças sexualmente transmissíveis vinham caindo havia anos. No entanto, esta tendência foi subitamente revertida na década de 1960 e atingiu recordes históricos.
Desarmamento
Uma das mais antigas e mais dogmáticas cruzadas da esquerda é aquela em prol do desarmamento. Aqui, novamente, o enfoque está nas questões externas — no caso, nas armas.
Se as armas de fato fossem o problema, então leis de controle de armas poderiam ser a resposta. Mas se o verdadeiro problema são aquelas pessoas malvadas que não se importam com a vida de outras pessoas — e nem muito menos para as leis —, então o desarmamento, na prática, fará apenas com que pessoas decentes e cumpridoras da lei se tornem ainda mais vulneráveis perante pessoas perversas.
Dado que a crença no desarmamento sempre foi uma grande característica da esquerda desde o século XVIII, em todos os países ao redor do mundo, seria de se imaginar que, a esta altura, já haveria incontáveis evidências dando sustentação a esta crença. No entanto, evidências de que o desarmamento de fato reduz as taxas de criminalidade em geral, ou as taxas de homicídio em particular, raramente são mencionadas por defensores do controle de armas. Simplesmente se pressupõe, de passagem, que é óbvio que leis mais rigorosas de controle de armas irão reduzir os homicídios e a criminalidade.
No entanto, a crua realidade não dá sustento a esta pressuposição. É por isso que são os críticos do desarmamento que se baseiam em evidências empíricas, todas elas magnificamente coletadas nos livros "More Guns, Less Crime", de John Lott, e "Guns and Violence", de Joyce Lee Malcolm. [Veja nossos artigos sobre desarmamento]. Mas que importância têm os fatos perante a visão inebriante e emotiva da esquerda?
Pobres
A esquerda sempre se arrogou a função de protetora dos "pobres". Está é uma de suas principais reivindicações morais para adquirir poder político. Porém, qual a real veracidade desta alegação?
É verdade que líderes de esquerda em vários países adotaram políticas assistencialistas que permitem aos pobres viverem mais confortavelmente em sua pobreza. Mas isso nos leva a uma questão fundamental: quem realmente são "os pobres"?
Se você se baseia em uma definição de pobreza inventada por burocratas, como aquela que inclui um número de indivíduos ou de famílias abaixo de algum nível de renda arbitrariamente estipulado pelo governo, então realmente é fácil conseguir estatísticas sobre "os pobres". Elas são rotineiramente divulgadas pela mídia e gostosamente adotadas por políticos. Mas será que tais estatísticas têm muita relação com a realidade?
Houve um tempo em que "pobreza" tinha um significado concreto — uma quantidade insuficiente de comida para se manter vivo, ou roupas e abrigos incapazes de proteger um indivíduo dos elementos da natureza. Hoje, "pobreza" significa qualquer coisa que os burocratas do governo, que inventam os critérios estatísticos, queiram que signifique. E eles têm todos os incentivos para definir pobreza de uma maneira que abranja um número suficientemente alto de pessoas, pois isso justifica mais gastos assistencialistas e, consequentemente, mais votos e mais poder político.
Em vários países do mundo, não são poucas as pessoas que são consideradas pobres, mas que, além de terem acesso a vários bens de consumo que outrora seriam considerados luxuosos — como televisão, computador e carro —, são também muito bem alimentadas (em alguns casos, até mesmo apresentam sobrepeso). No entanto, uma definição arbitrária de palavras e números concede a essas pessoas livre acesso ao dinheiro dos pagadores de impostos.
Esse tipo de "pobreza" pode facilmente vir a se tornar um modo de vida, não apenas para os "pobres" de hoje, mas também para seus filhos e netos.
Mesmo quando esses indivíduos classificados como "pobres" têm o potencial de se tornar membros produtivos da sociedade, a simples ameaça de perder os benefícios assistencialistas caso consigam um emprego funciona como uma espécie de "imposto implícito" sobre sua renda futura, imposto este que, em termos relativos, seria maior do que o imposto explícito que incide sobre o aumento da renda de um milionário.
Em suma, as políticas assistencialistas defendidas pela esquerda tornam a pobreza mais confortável ao mesmo tempo em que penalizam tentativas de se sair da pobreza. Exceto para aqueles que acreditam que algumas pessoas nascem predestinadas a serem pobres para sempre, o fato é que a agenda da esquerda é um desserviço para os mais pobres, bem como para toda a sociedade. Ao contrário do que outros dizem, a enorme quantia de dinheiro desperdiçada no aparato burocrático necessário para gerenciar todas as políticas sociais não é nem de longe o pior problema dessa questão.
Se o objetivo é retirar pessoas da pobreza, há vários exemplos encorajadores de indivíduos e de grupos que lograram este feito, e nos mais diferentes países do mundo.
Milhões de "chineses expatriados" emigraram da China completamente destituídos e quase sempre iletrados. E isso ocorreu ao longo dos séculos. Independentemente de para onde tenham ido — se para outros países do Sudeste Asiático ou para os EUA —, eles sempre começaram lá embaixo, aceitando empregos duros, sujos e frequentemente perigosos.
Mesmo sendo frequentemente mal pagos, estes chineses expatriados sempre trabalhavam duro e poupavam o pouco que recebiam. Era uma questão cultural. Vários deles conseguiram, com sua poupança, abrir pequenos empreendimentos comerciais. Por trabalharem longas horas e viverem frugalmente, eles foram capazes de transformar pequenos negócios em empreendimentos maiores e mais prósperos. Eles se esforçaram para dar a seus filhos a educação que eles próprios não conseguiram obter.
Já em 1994, os 57 milhões de chineses expatriados haviam criado praticamente a mesma riqueza que o bilhão de pessoas que viviam na China.
Variações deste padrão social podem ser encontradas nas histórias de judeus, armênios, libaneses e outros emigrantes que se estabeleceram em vários países ao redor do mundo — inicialmente pobres, foram crescendo ao longo de gerações até atingirem a prosperidade. Raramente recorreram ao governo, e quase sempre evitaram a política ao longo de sua ascensão social.
Tais grupos se concentraram em desenvolver aquilo que economistas chamam de "capital humano" — seus talentos, habilidades, aptidões e disciplina. Seus êxitos frequentemente ocorreram em decorrência daquela palavra que a esquerda raramente utiliza em seus círculos refinados: "trabalho".
Em praticamente todos os grupos sociais e étnicos, existem indivíduos que seguem padrões similares para ascenderem da pobreza à prosperidade. Mas o número desses indivíduos em cada grupo faz uma grande diferença para a prosperidade ou a pobreza destes grupos como um todo.
A agenda da esquerda — promover a inveja e o ressentimento ao mesmo tempo em que vocifera exigindo ter "direitos" sobre o que outras pessoas produziram — é um padrão que tem se difundido em vários países ao redor do mundo.
Esta agenda raramente teve êxito em retirar os pobres da pobreza. O que ela de fato logrou foi elevar a esquerda a cargos de poder e a posições de autoexaltação — ao mesmo tempo em que promovem políticas com resultados socialmente contraproducentes.
A arrogância
É difícil encontrar um esquerdista que ainda não tenha inventado uma nova "solução" para os "problemas" da sociedade. Com frequência, tem-se a impressão de que existem mais soluções do que problemas. A realidade, no entanto, é que vários dos problemas de hoje são resultado das soluções de ontem.
No cerne da visão de mundo da esquerda jaz a tácita presunção de que pessoas imbuídas de elevados ideais e princípios morais — como os esquerdistas — sabem como tomar decisões para outras pessoas de forma melhor e mais eficaz do que estas próprias pessoas.
Esta presunção arbitrária e infundada pode ser encontrada em praticamente todas as políticas e regulamentações criadas ao longo dos anos, desde renovação urbana até serviços de saúde. Pessoas que nunca gerenciaram nem sequer uma pequena farmácia — muito menos um hospital — saem por aí jubilosamente prescrevendo regras sobre como deve funcionar o sistema de saúde, impondo arbitrariamente seus caprichos e especificidades a médicos, hospitais, empresas farmacêuticas e planos de saúde.
Uma das várias cruzadas internacionais empreendidas por intrometidos de esquerda é a tentativa de limitar as horas de trabalho de pessoas de outros países — especialmente países pobres — em empresas operadas por corporações multinacionais. Um grupo de monitoramento internacional se autoatribuiu a tarefa de garantir que as pessoas na China não trabalhem mais do que as legalmente determinadas 49 horas por semana.
Por que grupos de monitoramento internacional, liderados por americanos e europeus abastados, imaginam ser capazes de saber o que é melhor para pessoas que são muito mais pobres do que eles, e que possuem muito menos opções, é um daqueles insondáveis mistérios que permeiam a intelligentsia.
Na condição de alguém que saiu de casa aos 17 anos de idade, sem ter se formado no colégio, sem experiência no mercado de trabalho, e sem habilidades específicas, passei vários anos de minha vida aprendendo da maneira mais difícil o que realmente é a pobreza. Um dos momentos mais felizes durante aqueles anos ocorreu durante um breve período em que trabalhei 60 horas por semana — 40 horas entregando telegramas durante o dia e 20 horas trabalhando meio período em uma oficina de usinagem à noite.
Por que eu estava feliz? Porque antes de encontrar estes dois empregos eu havia gasto semanas procurando desesperadamente qualquer emprego. Minha escassa poupança já havia evaporado e chegado literalmente ao meu último dólar quando finalmente encontrei o emprego de meio período à noite em uma oficina de usinagem.
Passei vários dias tendo de caminhar vários quilômetros da pensão em que morava no Harlem até a oficina de usinagem, que ficava imediatamente abaixo da Ponte do Brooklyn, e tudo para poupar este último dólar para poder comprar pão até finalmente chegar o dia de receber meu primeiro salário.
Quando então encontrei um emprego de período integral — entregar telegramas durante o dia —, o salário somado dos dois empregos era mais do que tudo que eu já havia ganhado antes. Foi só então que pude pagar a pensão, comer e utilizar o metrô para ir ao trabalho e voltar.
Além de tudo isso, ainda conseguia poupar um pouco para eventuais momentos difíceis. Ter me tornado capaz de fazer isso era, para mim, o mais próximo do nirvana a que já havia chegado. Para a minha sorte, naquela época não havia nenhum intrometido de esquerda querendo me impedir de trabalhar mais horas do que eu gostaria.
Havia um salário mínimo, mas, como o valor deste havia sido estipulado em 1938, e estávamos em 1949, seu valor já havia se tornado insignificante em decorrência da inflação. Por causa desta ausência de um salário mínimo efetivo, o desemprego entre adolescentes negros no ano de 1949, que foi um ano de recessão, era apenas uma fração do que viria a ser até mesmo durante os anos mais prósperos desde a década de 1960 até hoje.
À medida que os moralmente ungidos passaram a elevar o salário mínimo, a partir da década de 1950, o desemprego entre os adolescentes negros disparou. Hoje, já estamos tão acostumados a taxas tragicamente altas de desemprego neste grupo, que várias pessoas não fazem a mais mínima ideia de que as coisas nem sempre foram assim — e muito menos que foram as políticas da esquerda intrometida que geraram tais consequências catastróficas.
Não sei o que teria sido de mim caso tais políticas já estivessem em efeito em 1949 e houvessem me impedido de encontrar um emprego antes de meu último dólar ser gasto.
Minha experiência pessoal é apenas um pequeno exemplo do que ocorre quando suas opções são bastante limitadas. Os prósperos intrometidos da esquerda estão constantemente promovendo políticas — como encargos sociais e trabalhistas — que reduzem ainda mais as poucas opções existentes para os pobres. Quando não reduzem empregos, tais políticas afetam sobremaneira seus salários.
Parece que simplesmente não ocorre aos intrometidos que as corporações multinacionais estão expandindo as opções para os pobres dos países do terceiro mundo, ao passo que as políticas defendidas pela esquerda estão reduzindo suas opções.
Os salários pagos pelas multinacionais nos países pobres normalmente são muito mais altos do que os salários pagos pelos empregadores locais. Ademais, a experiência que os empregados ganham ao trabalhar em empresas modernas transforma-os em mão-de-obra mais valiosa, e fez com que na China, por exemplo, os salários passassem a subir a porcentagens de dois dígitos anualmente.
Nada é mais fácil para pessoas diplomadas do que imaginar que elas sabem mais do que os pobres sobre o que é melhor para eles próprios. Porém, como alguém certa vez disse, "um tolo pode vestir seu casaco com mais facilidade do que se pedisse a ajuda de um homem sábio para fazer isso por ele".
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